Teorias da Conspiração: Renato, o Podcaster Conspirador

 

É verdade, pode parecer um contrassenso mas o Renato Rocha, o podcaster que se atira de cabeça para explorar as mais variadas Teorias da Conspiração, tem medo das espinhas das sardinhas! E nada melhor do que falar sobre ele, em pela altura de Santos Populares.

Fica com a história de Renato, guionista e apaixonado por teorias da conspiração.

Já conheces o Podcast: Teorias da Conspiração?

TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO

As teorias da conspiração estão por todo o lado. Algumas divertem, outras assustam. Mas são (ou têm) sempre histórias fascinantes. Neste podcast, pomos o chapéu de alumínio e entramos, sem medos, na toca do coelho.

Para ouvir com muito, muito cuidado. 

 

Renato já escreveu guiões para novelas e a própria série, publicou um livro de conselhos práticos para a vida chamado “Desenrasca-te”, e é autor do podcast ‘Teorias da Conspiração’, um original Bruá, que segue agora na terceira temporada.

Pensa na sua avó quando escreve os guiões dos episódios - se não conseguir que esteja tudo claro o suficiente para que ela entendesse, é porque está a ser demasiado confuso, obtuso ou entediante.

Tem um projeto escondido na gaveta que um dia verá a luz do dia e adora qualquer tema ou álbum do Frank Zappa, de preferência ouvido às tantas da manhã ou logo, logo ao acordar.

O seu maior desafio para o dia-a-dia é acordar a horas porque tem mesmo dificuldade em acordar cedo e as noites (ou madrugadas) passadas a ler sobre teorias da conspiração também não dão grande ajuda nesse sentido.


Mergulha na Teoria do Renato, o guionista conspirador!

Podcast Teorias da Conspiração - Renato Rocha

Quem és quando estás à frente de um microfone?

Uma pessoa com medo de pronunciar palavras estrangeiras e com pressa de voltar à escrita.

E quem és para os teus amigos?

Tento obedecer ao triângulo clássico: porreiro, presente e fiel.

Nos tempos livres gostas de…

Ler. Como tantos, sou filho do streaming e passo horas a ver séries e filmes, mas a leitura é mesmo o prazer oficial de todos os tempos livres, desde o serão no sofá à tarde na praia. A ter de fazer uma coisa e uma coisa apenas para relaxar ou aproveitar um Domingo, é ler.

Na tua opinião, o que não pode faltar a um bom criador de conteúdos?

A curiosidade, no sentido muito específico de questionar e fazer perguntas. É o combustível para tudo o resto: ter ideias e trabalhá-las, encontrar a originalidade em algo banal, pesquisar para lá do que parece suficiente, extrair pérolas a convidados... Um criador de conteúdos genuinamente curioso não precisa de esperar por inspiração nem se cansa de trabalhar (às vezes).  

O que achas da evolução do podcasting em Portugal?

Estamos num momento muito especial. O podcasting deixou de ser um passatempo de amigos ou aquilo que tinha sucesso "lá fora" (o lugar mágico onde se testam as ideias antes de as aplicarmos cá, no país que sempre se atrasa para não ter de correr riscos). Passou a ser um formato respeitável e sério com os jornais, marcas e grandes figuras públicas a darem o salto (e mais virão).

Já toda a gente percebeu que os loucos que aqui há anos investiram suor e lágrimas neste formato (como é o caso da Bruá) afinal tinham razão e desbravaram caminho importantíssimo.

Do ponto de vista de quem cria, então, é um mimo. Não é preciso convencer editores e produtores ou pedir carimbos de aprovação porque os intermediários são os próprios criadores. Digo mesmo que se o "Teorias da Conspiração" fosse uma série ou um livro, se calhar ainda estaria a tentar lançá-lo...

Em termos criativos o podcast não se esgotou, pelo contrário: ninguém sabe bem como irá evoluir e tudo pode acontecer. É como estar a ver uma nova forma de fazer as coisas, uma nova forma de comunicação e criatividade. Resumindo: o podcasting em Portugal passou de nicho a coisa séria, sem perder o seu potencial lúdico e experimental.

O que te fascina mais quando vais atrás das teorias?

Os seus protagonistas. As teorias da conspiração são ideias abstractas; mas quem as cria, defende, propaga ou ataca são sempre seres humanos fascinantes. Quando penso nos episódios de que mais gosto lembro-me sempre deles: o Abade Barruel, David Irving, Alex Jones, Mohamed Al Fayed, John O'Neil, os crentes de Heaven's Gate...

Há de tudo: desde excêntricos megalómanos a figuras trágicas e ternurentas; e para quem está a escrever é uma grande ajuda ter histórias de pessoas reais, concretas, com emoções e conflitos porque transforma o abstrato em algo humano e próximo. Até agora, não tropecei em nenhuma teoria que não traga consigo personagens por vezes mais inacreditáveis que as próprias conspirações.


De onde surgiu a ideia do podcast Teorias da Conspiração?

Num daqueles cafés com a equipa da produtora Bruá em que chovem sugestões, interesses comuns, irritações, curiosidades. Já não me recordo bem quem sugeriu o tema mas agarrei-o logo.

Há muitos anos que me interesso por teorias da conspiração e era a desculpa perfeita para me dedicar a elas. Mas o mais importante era o ângulo. Os conteúdos sobre teorias da conspiração são, no geral, ou tentativas de "debunking" ou análises psicológicas aos seus teóricos, ora desgraçados ignorantes, ora perigosos mercadores do medo.

O que tentámos fazer foi encontrar um caminho diferente: dar às teorias uma perspetiva histórica, perceber de onde vêm e como chegaram até nós. No fundo, tratá-las como aquilo que são: narrativas interessantes que misturam História, ciência, psicologia, política e um cast de personagens sempre único. 


Sabias que o Teorias da Conspiração ocupa com alguma frequência o primeiro lugar na categoria História do Apple Podcasts? Se quiseres descobrir porquê vais ter mesmo que o ouvir, mas com muito cuidado…


ORIGINAIS BRUÁ

 
 
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