História Obscura | 22. O esoterismo de Fernando Pessoa: A Besta na Boca do Inferno

Lisboa, 1930.

A seguir a Camões, Fernando Pessoa é considerado o grande poeta português. É parte do nosso imaginário colectivo: a revista Orpheu, os heterónimos, "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" ou o "Livro do Desassossego". Mas há um lado vezes inexplorado do génio de Pessoa.

O poeta tinha uma enorme paixão pelo mundo esotérico. Era um estudante da astrologia, alquimia e rituais iniciáticos; o seu Sebastianismo e o mito do Quinto Império eram esotéricos até à raiz; e até "A Mensagem" está repleto de piscares de olho ao conhecimento oculto da Humanidade. Contudo, este interesse não foi só intelectual. Um dia, Pessoa recebeu em Portugal o grande ocultista Aleister Crowley, "A Grande Besta", conhecido como o homem mais perverso do mundo. O que parecia um encontro de mentes irmãs transformou-se rapidamente num thriller sobrenatural, incluindo suicídios, cartas misteriosas e investigações policiais. Mas como é que Pessoa foi arrastado para uma história de morte? O que é que "A Grande Besta" queria com ele? Quem era a Mulher Escarlate? E como é que uma madrugada na Boca do Inferno mudou a vida do grande poeta português?

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